Sempre tive curiosidade de ver um filme do cinema mudo, com direito ao pianista, evidentemente. Realizei a façanha em Recife, entre os dia 18 a 22 de novembro, promoveram na cidade a mostra do Ciclo de Cinema - um dos movimentos mais substanciais do Cinema Brasileiro dos anos 20.
Devemos louvor à Cinemateca Brasileira que restaurou nosso patrimônio cinematográfico, e continua acompanhando a evolução tecnológica - agora lançando os títulos em DVD.
A mostra foi mal divulgada, infelizmente, gerando um ruído de comunicação entre a população. Na estréia, cujo o filme foi "A filha do advogado", de 1926, poucas pessoas compareceram pois saiu uma nota dizendo que seria somente para convidados. Resultado: sobraram convites. Não sabemos de quem veio o furo. Felizmente estávamos lá para nos envolver com as cenas do mundo da década de 20.
Recife anos 20: poucos carros na rua, bondes, homens de chapéu e bigode, mulheres com vestidos retos e chapéus pequenos, estilo 'Art-Nouveau' nos quadros de leitura do filme. Ver a cidade há 80 anos atrás é literalmente uma viagem visual. O bairro de Boa Viagem era um matagal por onde passava um bonde, provavelmente uma única vez ao dia, beirando o mar. O contexto da cena está num passeio que o mocinho do filme faz.
O filme foi acompanhado por um pianista que decepcionou no decorrer da projeção. Ele não tocava a devida emoção das cenas. Ele acompanhava sua partitura e não improvisava. Mesmo assim valeu a experiência do Cinema Mudo que com suas falas escritas pudemos 'ouvir' pérolas como: " ...me favoreça com sua ausência." O roteiro da "Filha" é muito bom, vê-se cenas de efeitos especiais, e cenas fortes para a sociedade da época, como: a filha bastarda do advogado que mata o meio-irmão quando este tentou assediá-la. Tudo pela honra da mulher.
Outro filme que assisti foi "Veneza Americana", de 1925, este é um documentário sobre o crescimento econômico da cidade passando pelo porto e as construções dos armazéns. Interessante foi a música feita misturando eletrônico com violoncelo e percussão.
Devemos louvor à Cinemateca Brasileira que restaurou nosso patrimônio cinematográfico, e continua acompanhando a evolução tecnológica - agora lançando os títulos em DVD.
A mostra foi mal divulgada, infelizmente, gerando um ruído de comunicação entre a população. Na estréia, cujo o filme foi "A filha do advogado", de 1926, poucas pessoas compareceram pois saiu uma nota dizendo que seria somente para convidados. Resultado: sobraram convites. Não sabemos de quem veio o furo. Felizmente estávamos lá para nos envolver com as cenas do mundo da década de 20.
Recife anos 20: poucos carros na rua, bondes, homens de chapéu e bigode, mulheres com vestidos retos e chapéus pequenos, estilo 'Art-Nouveau' nos quadros de leitura do filme. Ver a cidade há 80 anos atrás é literalmente uma viagem visual. O bairro de Boa Viagem era um matagal por onde passava um bonde, provavelmente uma única vez ao dia, beirando o mar. O contexto da cena está num passeio que o mocinho do filme faz.
O filme foi acompanhado por um pianista que decepcionou no decorrer da projeção. Ele não tocava a devida emoção das cenas. Ele acompanhava sua partitura e não improvisava. Mesmo assim valeu a experiência do Cinema Mudo que com suas falas escritas pudemos 'ouvir' pérolas como: " ...me favoreça com sua ausência." O roteiro da "Filha" é muito bom, vê-se cenas de efeitos especiais, e cenas fortes para a sociedade da época, como: a filha bastarda do advogado que mata o meio-irmão quando este tentou assediá-la. Tudo pela honra da mulher.
Outro filme que assisti foi "Veneza Americana", de 1925, este é um documentário sobre o crescimento econômico da cidade passando pelo porto e as construções dos armazéns. Interessante foi a música feita misturando eletrônico com violoncelo e percussão.
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